ELEMENTOS DENTÁRIOS 13 E 23 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
CANINO SUPERIOR
O canino superior é o mais longo e um dos mais desenvolvidos da dentadura humana. Tem a
forma de lança, sem praticamente ter variações nas dimensões verticais e transversais dando
ao dente uma forma intumescida e característica própria.
Faces: Vestibular - Palatina - Mesial e Distal - Incisal - Raiz
- Face Vestibular
É lanceolada e pode ser inscrita num pentágono de bordas arredondadas, sendo uma
face bastante convexa nos sentidos cérvico-oclusal e mésio-distal. Neste, são bem nítidos os
sulcos de desenvolvimento e a bossa vestibular. Os dois sulcos escavam mais ou menos
profundamente esta face, delimitando três segmentos de desenvolvimento desiguais: o lobo
mediano, maior, que corresponde à ponta aguçada que se observa na borda livre do dente; um
lobo distal, ligeiramente menor; e um lobo mesial, pequeno. A bossa vestibular, localizada no
terço cervical do dente, é nítida e volumosa. A partir dela, a face vestibular transforma-se
numa superfície inclinada para baixo e para o lado lingual, quando se observa o dente de
perfil.
A face vestibular limitada por quatro bordas. A borda cervical é semicircular, de
pequeno raio de curvatura e de convexidade voltada para a raiz; a borda mesial, divergente no
sentido oclusal, é convexa e desce até os ¾ da altura da coroa; a borda distal, mais divergente
e mais convexa que a mesial, é menos longa, descendo até 2/3 da altura da coroa; a borda
livre ou incisal, que apresenta a forma de um V, tem um segmento mesial menor e menos
inclinado, maior, que se acentua com o evoluir do desgaste natural do dente. Estes dois
segmentos estão divididos por uma ponta nítida no dente jovem e por uma ponta que tem
uma faceta plana no dente desgastado; esta ponta, no dente que sofre atrição acentuada, vai
se transformando numa superfície plana, desaparecendo por completo transformando a borda
incisal numa faceta bastante inclinada para o lado distal.
Fig. 1: Face Vestibular
- Face Palatina
Sendo discretamente menor que a vestibular, possui o contorno pentagonal e
escavado nos dois terços oclusais, sendo bastante convexa no terço cervical, onde existe um
cíngulo volumoso e característico. O desenvolvimento do cíngulo pode atingir dimensões tais
que chega a formar-se na face palatina uma verdadeira cúspide. Desta saliência volumosa
emanam três outras, duas das quais constituem as cristas marginais mesial e distal; e a
terceira, mediana, mais volumosa que as cristas é algumas vezes subdividida. Estas saliências
estão separadas por sulcos longitudinais nítidos no dente bem formado.
Fig. 2: Face Palatina
- Faces de Contato
São de aspecto triangular, convexas no sentido vestíbulo-lingual. Esta convexidade
acentua-se no terço incisal das faces. Entretanto, próximo à região cervical do dente, as faces
de contato tornam-se ligeiramente planas ou deprimidas. A face distal é menor e bem mais
convexa que a face mesial, particularmente ao nível do ângulo distal onde se desenvolve uma
bossa acentuada. A face mesial mostra-se mais plana, menos escavada no terço cervical, e com
modelado mais discreto que o da face distal.
Fig. 3: Face de contato
- Face Incisal
Esta face é de aspecto lanceolado ou perfurante, e de tal modo característica que
permite distinguir o canino em um exame visual. Tendo a forma de uma letra V de ramos
abertos e desiguais, formando um ângulo que se aproxima dos 90º, tem a porção distal desta
borda maior e mais inclinada, enquanto que o segmento mesial é mais plano.
Fig. 2: Face Incisal
- Raiz
É a maior raiz dentária com um volume que faz saliência bem acentuada na face
vestibular do osso alveolar, chegando às vezes, a perfurar a delgada camada compacta desse
osso. É cônica com discreto grau de achatamento mésio-distal. Em secção transversal
apresenta-se ovalada, com a superfície vestibular mais larga do que a lingual. Há sulcos mesial
e distal, porém discretos. Devido ao seu tamanho, o desvio distal da raiz é bem percebido, e o
ângulo que se forma entre ela e a face distal é acentuado, o que permite saber com precisão a
que lado o dente pertence.
ELEMENTOS DENTÁRIOS 33 E 43 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
CANINO INFERIOR
Sua coroa é mais longa que a do superior.
Faces: Vestibular - Lingual - Mesial e Distal - Incisal - Raiz
- Face Vestibular
Forma hexagonal, e bastante alongada. Os diâmetros, que eram muito parecidos no
superior, são agora de valores muito diferentes. Esta face apresenta uma acentuada inclinação
para lingual. De modo geral, a morfologia desta face repete a do canino superior, porém com
um modelado mais suave. O desgaste da borda incisal, faz-se na oclusão normal, sempre às
espessas do esmalte vestibular.
A superfície é convexa em ambos os sentidos, com grande inclinação cérvico-incisal.
No 1/3 cervical são notáveis uns estriamentos, de trajeto paralelo ao da linha do colo,
denominadas periquimáceas, que correspondem à manifestações externas das estrias de
Retzius.
Fig 1: Face vestibular
- Face Lingual
Com forma e inclinação semelhante à vestibular. Dentro de limites parecidos, salvo
no que se refere à borda oclusal, mostra uma superfície com acidentes semelhantes aos
encontrados na face homóloga dos incisivos inferiores, leve depressão, cristas marginais pouco
marcadas, fossa lingual e sulcos de desenvolvimento, os quais são pouco marcados. A ausência
do buraco cego é regra.
Fig 2: Face lingual
- Faces de contato
Triangulares e ligeiramente convexas no terço incisal, são escavadas no restante.
Quando se observa o canino inferior por uma das faces de contato, nota-se que a borda
cervical é mais baixa no lado lingual que no vestibular. A face mesial é ligeiramente inclinada e
não muito convexa. A distal é mais inclinada e convexa.
Fig 3: Faces de contato
- Face Incisal
Tem o aspecto de letra “v”, com o vértice bastante deslocado para a mesial, porém o
que o distingue do canino superior é a grande inclinação, que mais se acentua com o desgaste.
Fig 4: Face Incisal
- Raiz
Menor e menos volumosa, oferece em relação com os diâmetros transversais da
coroa, uma secção ovóide com estreitamento mésio-distal, em alguns casos, não muito
freqüentes, leva a uma bifurcação apical.
MÉTODO GEOMÉTRICO ESCULTURA REGRESSIVA ( caninos sup. inf. "considerando características individuais" )
O canino superior é um dente que apresenta um contorno volumoso. Durante a fase
geométrica cuidados devem ser observados para que o dente não perca dimensão durante o
arredondamento.
- As linhas longitudinais são em número de uma para cada face.
No entanto, podem ser duas na face vestibular e na face lingual, uma bem próxima da outra. - Se a opção for por um linha longitudinal. Durante o recorte expulsivo e retentivo,
chegar com o recorte aquém do encontro de bossa com bossa bossa com bossa e colo com colo colo com colo