Incisivos superior com escultura regressiva

ELEMENTOS DENTÁRIOS 11 E 21 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR

Faces: Vestibular - Palatina - Mesial e Distal - Incisal – Raiz

  • Face Vestibular

O incisivo central superior tem uma face que pode ser inscrita em um trapézio de
grande lado incisal. É uma face convexa cuja maior convexidade se localiza no terço cervical,
determinando o aparecimento de uma bossa vestibular. A partir dessa elevação, a face
vestibular torna-se mais plana. Nesta face verificam-se, em dentes jovens ou com pouco
desgaste, dois sulcos longitudinais que partem da bossa vestibular e atingem a borda incisal,
dividindo a face vestibular em três segmentos: um segmento distal, grande; um segmento
mesial de tamanho intermediário e; um segmento médio de tamanho variável.
Quatro bordas limitam esta face vestibular: a borda cervical, bastante curvilínea, cuja a
convexidade está voltada para a raiz; a borda distal oblíqua e convergente para a raiz, mais
inclinada e menor que a borda oposta ou mesial; a borda mesial, igualmente oblíqua para a
raiz, porém bem menos inclinada que a borda distal; borda incisal, mais ou menos retilínea nos
dentes jovens e que se vai tornando inclinada para o lado distal, à medida que o dente
continua a sofrer ação do desgaste.
No ponto de encontro das quatro bordas formam-se ângulos arredondados e triedros.
O ângulo distal é bastante arredondado com um certo grau de atrição ou abrasão mecânica
fisiológica. Torna-se obtuso com o aumento do desgaste dando condições de se determinar o
lado o qual o dente pertence. Já o ângulo mesial, sempre mais aguçado, quase em ângulo
reto, não se transforma, mesmo com desgaste apreciável.


Fig. 1: Face Vestibular

 

  • Face Palatina

Também se enquadra em um trapézio de grande lado incisal, possuindo dimensões
ligeiramente menores, quer no sentido cérvico-incisal, quer no sentido mésio-distal. Ao
contrário da face vestibular, a face lingual apresenta-se bastante escavada nos 2/3 inferiores
de sua extensão, constituindo a fossa lingual. Esta, é limitada lateralmente, por duas cristas
marginais, e superiormente pelo cíngulo, que às vezes é bastante desenvolvido,
transformando-se em tubérculo lingual. As cristas marginais são largas ao nível do cíngulo e
vão se tornando estreitas à medida que se aproximam da borda incisal. Quatro bordas e
quatro ângulos, semelhantes aos da face vestibular, são encontrados na face lingual do incisivo central superior.

 

Fig. 2: Face Palatina

 

  • Faces de Contato

As faces proximais ou de contato, mesial e distal, podem ser inscritas num trapézio
irregular ou num triângulo de base cervical, dependendo do grau de desgaste do dente. Estas
faces apresentam maior convexidade no terço incisal do dente, sendo que nos dois terços
restantes apresentam-se planas ou ligeiramente escavadas. Das duas faces, a face mesial é
sempre a mais plana e maior, possuindo a face distal um modelado mais nítido e tendo maior
inclinação. Estas faces são limitadas por três bordas distintas: a borda vestibular, convexa no
terço cervical (correspondendo a bossa vestibular), plana e vertical no restante de sua
extensão; a borda lingual, côncavo-convexa, com a concavidade ocupando os dois terços
incisais da borda cervical curvilínea e de concavidade voltada para a raiz.

 

Fig. 3: Faces de contato dos incisivos

 

  • Face Incisal

Esta face praticamente não existe, pois nos dentes incisivos é mais uma borda cortante
ou, quando muito, uma faceta devido ao desgaste do dente. Nos dentes jovens a borda incisal
caracteriza-se pela presença de 3 dentículos que formam a conhecida como “flor de lírio”. Este
denticulado, com o decorrer do tempo, vai se apagando e a borda transforma-se numa faceta
plana e inclinada para o lado distal.

 
Fig. 4: Face Incisal

 

  • Raiz

A raiz do incisivo central superior é cônica e mais grossa no terço cervical, tornando-se
mais fina no terço médio. Apresenta-se com um certo grau de achatamento mésio-distal e
aspecto triangular quando vista em corte. O desvio distal da raiz é discreto. Todavia, percebese
que o ângulo formado do que o correspondente mesial.

 


ELEMENTOS DENTÁRIOS 12 E 22 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
INCISIVO LATERAL SUPERIOR

O incisivo lateral superior é um dos dentes mais variáveis da dentadura humana sendo
semelhante ao incisivo central. Observando-se ambos, verifica-se que o incisivo lateral tem
uma coroa mais estreita no sentido mésio-distal, sendo que o segmento distal tende a ser mais
inclinado, aproximando-se da morfologia do canino.

Faces: Vestibular - Palatina - Mesial e Distal - Incisal - Raiz

  • Face Vestibular

Tem como característica principal sua forma trapezoidal, cujo o ângulo distal é mais
arredondado que o incisivo central superior, quando já existe um grau de desgaste. Os sulcos
dessa face não são tão nítidos, porém estão presentes e a convexidade geral da face acentuase
mais do que o incisivo central devido às suas dimensões mais reduzidas. A borda cervical é a
mais convexa por apresentar um raio de curvatura menor; a borda incisal é bastante inclinada
para cima e para o lado distal, apresentando-se com dois segmentos: um mesial, pouco
inclinado e um distal bem mais inclinado.


Fig. 1: Face Vestibular

 

  • Face Palatina

Muito irregular e bastante côncava, em virtude das suas dimensões serem menores
que as do incisivo central. A fossa palatina é bem limitada pelas cristas marginais e pelo cíngulo
proeminente. Não raro possui o buraco cego com freqüência maior que a do incisivo central.


Fig. 2: Face Palatina

 

  • Faces de Contato

São triangulares, com o diâmetro maior cervical. A face distal é bem menor que a
mesial, mais convexa e de modelado mais nítido. Ambas as faces têm a maior convexidade
próxima ao terço incisal, enquanto que nos restantes dois terços estas faces são planas ou
ligeiramente escavadas.


Fig. 3: Face de contato

 

  • Face Incisal

É muito reduzida no dente sem desgaste. Algumas vezes assemelha-se à do incisivo
central, porém em outros dentes parece-se com a do canino, devido à grande inclinação do
segmento distal desta borda. Quando isto acontece, notam-se dois segmentos distintos: um
mesial, quase horizontal, e um distal, bastante inclinado, existindo entre ambos um ângulo
arredondado.


Fig. 4: Face Incisal

 

  • Raiz

A raiz do incisivo lateral superior é ligeiramente mais achatada no sentido mésio-distal do
que a do incisivo central. É mais delgada e tem sulcos laterais com maior freqüência que o
dente precedente. O desvio distal do ápice radicular evidencia-se mais neste dente.

 

MÉTODO GEOMÉTRICO ESCULTURA REGRESSIVA ( central e lateral "guardando características individuais" )

Para uma familiarização com a escultura de um elemento dental o treinamento,
evidentemente, é um passo muito importante.
O método geométrico é um auxiliar no treinamento da escultura dental.
A maior dificuldade para o iniciante na escultura é dar o posicionamento espacial inicial do
dente; o método geométrico deve ser visto como a obtenção de um esboço para que se
chegue na anatomia final do dente. O conhecimento da forma dental e das proporções que
os detalhes anatômicos possuem é de fundamental importância para que se corrija as
limitações desse método.
O método baseia-se na projeção ortogonal das faces proximais e vestibulares dos dentes em
um bloco de cera e tem a seguinte seqüência:

  •  Obtenção das silhuetas proximal e vestibular (fig. 6.1 e 6.2).
  • Desenho da projeção da face proximal no bloco de cera (fig. 6.3).
  • Recorte da projeção proximal (fig. 6.4). 

É importante, nesse recorte, que a face vestibular e a lingual estejam paralelas entre si, isto
pe obtido com o auxilio de uma placa de vidro e uma lamínula. Apóia-se a parte plana do
bloco de cera, não recortada, na placa de vidro e com a lamínula, também apoiada na placa,
tenta-se contato em toda a superfície testada. Pequenos recortes de ajuste podem ser feitos
com a lamínula.

  • Desenho da projeção vestibular no recorte da projeção proximal (fig. 6.5).
  • Recorte da projeção vestibular (fig. 6.6).

Após o recorte das projeções é importante observar se as vistas vestibulares e lingual estão
em igual proporção, assim como as vistas mesial e distal. Observar também se o
posicionamento das bossas e a linha de colo está correto. Os passos seguintes são:

  • Demarcação das bossas.
  • Demarcação da linha do colo.
  • Traçar linhas longitudinais a partir do bordo incisal, seguindo o longo eixo do
    dente (fig. 6.6 e 6.7).

As linhas demarcadas podem ser avivadas com talco, para facilidade da visualização.
Após a demarcação das linhas, procederemos ao recorte da parte expulsiva e retentiva dos
dentes. A referência para o recorte será dada pela interseção das linhas longitudinais (a parte
do bordo incisal) e transversais (linha do colo e linha das bossas).

Seguiremos os seguintes passos (fig. 6.7 e 6.8):

  • Demarcação da interseção das linhas longitudinais e transversais.
  • Unir ponto de encontro das interseções nas bossas proximais com as das bossas
    vestibulares mais próximas.
  • Unir ponto de encontro das interseções na linha do colo proximal com as das linha
    de colo vestibular.
    Após a união de “bossa com bossa” e “colo com colo” recortaremos a porção retentiva e
    expulsiva. Seguiremos a seqüência (fig. 6.9 e 6.10):
  • Recorte da porção expulsiva próximo-vestibular.
  • Recorte da porção retentiva disto-vestibular.
    Por lingual, na união da interseção lingual, chega-se um pouco aquém desse ponto em
    função do arredondamento (fig. 6.11 e 6.12)

  • Recorte da parte retentiva mésio-lingual e disto-lingual.
    Observar que por lingual, a porção expulsiva requer pouco recorte.
    É importante observar que as linhas de demarcação são respeitadas, pois elas são os limites
    do contorno. Serão desgastadas durante o arredondamento do dente, que é a última fase da
    escultura.
    Detalhes que devem ser observados durante o arredondamento:
  • Lóbulos de desenvolvimento vestibular.
  • Cristas marginai, mesial e distal, na face lingual.
  • Cíngulo lingual.
  • Lojas papilares.

 

 

 

Fonte de pesquisa:

Protese dentaria mcp blogspot

Dental Gnatus

 

 

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